Tag Archives: Lá no Frai

Jeito tchozino de esperar os amigos / Fraiburguese way of waiting for friends

Dear friends, tchozinhos e tchozinhas…

This picture I took some time ago while exploring the countryside of Fraiburgo, the rigion called Taquaroçu. In that occasion, sparked my attention. I was asking information about the places and stuff and he helped me, but I had to ask “Man what you doing up there? ” – The answer was – I am waiting for my friends to go for a party. Well, what a strange way of waiting for friends hehe Fraiburgo indeed has certainly some cultural peculiarities, which sometimes are difficult to express

Tchozinhos e tchozinhas,

Há alguns meses estava eu me aventurando para conhecer o famoso e místico Taquaroçu, no interior do Frai. Nesta ocasião estava procurando em especial a tal cachoeira que tem por lá, mas o que estava sendo estranho é que eu não estava conseguindo encontrar ninguém para pedir informação. Chegava nas casas, batia palmas e só aparecia aquele monte de jaguara protegendo a casa. Continuei dando voltas e voltas quando lá longe avistei um tchô encima dum palanque. O primeiro pensamento foi (sério mesmo) – Deve tá tentando pegar o sinal da Tim, só pode! Ai chegando mais perto, vi que não tinha nada nas mãos e ai sim fiquei curioso – O que será que esse tchô tá fazendo ali de cima no meio do nada? A conversa foi mais ou menos assim: 

Continue reading

Pros lados do Taquaruçu / Countryside’s countryside

Segue mais uma fotinho que pode ajudar os tchozinhos(as) dispersos pelo mundo a relatar um pouco mais que é e como é Fraiburgo em suas raízes. Esta foto é lá para os lados da terra Santa do Taquaruçu. O que antes foi um lugar de mortes e guerra, hoje é uma dos lugares mais tranquilos de se viver na região devido ao seu abandono histórico a nível nacional. No entanto se considerarmos o valor da área verde, acesso a água limpa e sobre tudo o “silêncio” como indicadores essenciais para o desenvolvimento humano, ai está um paraíso. Se gostar compartilhe. Saudações Fraiburguenses.

This pic shows a bit more of one of the places where the contested war took place hundred years ago, nowadays one of the most calm and pretty places you can find in the region.

Dia dos namorados e as perfeitas simetrias / Brazilian valentines day and perfect symetries

Homenagem  do Lá no Frai aos namoraNdos e aos já casados que entendem que estar junto é sustentar coisas das quais avulsamente não seriam possíveis. A eterna busca humana pela simetria acaba se refletindo na arquitetura e em todo resto do universo. Numa interpretação arquitetônica livre, Lá no Frai a torre da esquerda com a maçã representa a Tchozinha e a outra com o maior termómetro da américa latina representa o  Tchozinho – Casal bonito né? 

An architectural tribute to the couples around who understand that being together means hold things what would not be possible singularly. In Brazil valentine’s day is on the 12 of June curiously in the winter so does in the northern hemisphere what is the purpose of it?  hehehe In Fraiburgo the left tower has an red apple that might represent the woman (Tchoa) and on right the man so called “Tcho”  – nice couple 🙂

Torii Gate (Miya-Jima), Arco do Triunfo (Paris), Tower Bridge (Londres), Praça Maria Frey (Fraiburgo)

Fraiburgo sc radio fraiburgo videira prefeitura de fraiburgo tempo fraiburgo hotel fraiburgo fraiburgo santa catarina 

Will the law against hitting the children take effect in Fraiburgo?

The law against parents hitting their kids might not have effects in Fraiburgo. The reason? Over there, the Portuguese word (palmadas) used for this law does not exist or at least nobody has ever used in Fraiburgo. Below is a realtime dicussion on facebook with other local expressions used for parents when the kids are getting spoilt. Needless to say that we are not motivating violence, the point of discussion is why Brazil is discussing this law? Don’t we have other priorities? Still many people are thankful they parents like me for defining my limits in the course of my childhood.

Lá no Frai blog second year

Ladies em gentleman,

Welcome to the second year of the “La no Frai” project, Fraiburgo a place to be discovered. This is a blog that seeks to define in two language what, how, why, when, where is Fraiburgo and its people, culture and stereotypes. Fraiburgo, which is not Nova Friburgo (RJ), Friburg (Switzerland), Freiburg (Germany), not even gaucho, has its own cultural existence which is based on the different ideas and hard work of different peoples that have left their contribution to shape the destiny of the city. Their live endeavours are the main source of expiration to this project which has received loads of contributions from the readers. On facebook I have made some changes, but what matters is that all material is located here. There is a chance to receive all e-mail notification of new posts by adding your e-mail on buttom “follow the blog” next. That’s it for now. Bellow is the cute French style so called “Little castle” and its son “Little boy-castle” right next to the impotent Araucária pine trees.

Traduzir “saudades” é fácil, tenta traduzir “Bardoso” / Only in Portuguese.

Apesar de ser um conceito facilmente utilizado e interpretado pelas pessoas “fraiburgófonas” (falantes do Fraiburguês),  “Bardoso” é uma das palavras mais difíceis, pelo menos até agora,  de traduzir do Fraiburguês para o Português, pois é um termo que remete a um estado de espírito profundo, um jeito de ser ou estar bastante comum e sem uma palavra equivalente no universo lingüístico conhecido, nem “manhoso(a)”, “dengoso(a)”, “mandrião(ona)” ou mesmo “teimoso”, juntos se equivalem a um “bardoso” bem pronunciado e contextualizado.

Pois bem, Bardoso é um adjetivo. Ex. “O piá é bardoso” ou “piá bardoso”. Raramente se vê este adjetivo flexionado no plural. Ex. “Vocês são uns bardoso”. Bardoso se refere ao sujeito do tipo tchô, tchoa (bardosa), piá ou menina que tem preferência à posição horizontal ou escorada em alguma coisa para evitar, sempre que possível, a fadiga. Estes indivíduos são otimizadores de recursos físicos por natureza, gerando quase um estilo de vida atônomo. Má vamo se combiná, quem de tanto não gostaria de levar uma vida bardosa?

Diferentemente de “dorminhoco(a)” que não se usa no diminutivo (dorminhoquinho(a)), existe o “bardosinho e a bardosinha” para indivíduos (pessoas ou animais) de pequeno porte ou muito dengosos. Ex. Um tchô pode identificar o mais preguiçoso de uma ninhada como o bardozinho – “Ó tá vendo que aquele bardozinho alí?”. Ainda, o antônimo (oposto) de bardoso é “atentado”. Ex. “Home do céu, aquele piá é atentado… dzulivre…”

Bardosos tem as seguintes características existenciais:

– Auto-estima elevada, que pode ser confundida com falta de vergonha;
– Surdez seletiva que permite ouvir apenas o que se quer e bloquear chamados;
– Preguiça ou desinteresse de fazer alguma coisa que foi ordenada;
– Jeito manhoso e dengoso (alguns casos), podendo até ser chamado de “jaguarinha” (essa é outra palavras difícil de explicar)

Bardoso não existe nos dicionários mais abrangentes da língua portuguesa, se acharam me avisem! Etimologicamente falando, o que parece, no entanto, é que antes ser definitavamente incorporado ao idioma de Fraiburgo, ele já era usado como adjetivo para os cavalos (baldoso), mas como em Fraiburgo tudo que tem “L” vira “R” temos também  (culpa = curpa, malvado = marvado, folgado = forgado) e assim por diante.

De sua origem, até onde sei, existem duas frentes.

Primeira,
Eu lembro que meus primos diziam para não deixar o cavalo (petiço) comer o mato enquanto ele estivesse nos esperando, se não ele iria ficar bardoso (mal acostumado). Bardoso é alguém com barda, “não de barda para não ficar bardoso”. 

Segunda,
O termo é usado para identificar qual cavalo trabalha menos e faz mais pose quando precisa puxar a carroça. Com o tempo o cavalo bardoso percebe que se ele parar de fazer força o outro cavalo fará o esforço compensatório para dar conta do trabalho, ao passo que ele só faz pose e caminha normalmente. O tchô que os coordena, por sua vez, precisa ficar de olho para o rendimento da carroça. Isso serve também para os gestores de empresas que precisam gerenciar suas empresas por indicadores ara detectar o bardosismo na empresa, o que em alguns casos pode ser contagioso.  Em resumo, “bardoso é um sujeito que não se sujeita”.

Seguem alguns exemplos contextualizados:

Tentando tirar alguém da cama sem sucesso:

– “Mazé um bardoso mesmo”. Em resposta, o bardoso(a) apenas vira pro lado e continua capotado.

Negociado um grupo de trabalho na universidade.

– Vocês vão pegar o tchô tal (notoriamente bardoso) para o grupo de vocês.
Resposta
– Mas pare home!!! esse tchô é muito bardoso – Largue mão!!!

Mais exemplos? só no Frai mesmo…

Finalizando, ainda existe também o verbo “bardozear”. Ex: “Estávamos só bardozeando”
e o advérbio “bardozamente”. Ex: Eles caminham bardosamente ao redor do lago”.

 

Fraiburguese verbs

In the last hundred years the Indo-European languages have been continuously systematized to reduce the learning curve, to evolve, and,  of course,  to survive amongst other languages. The verbs exist in a language to indicate an action or a state of being and they were also systematized. Below there are some examples of this:

  • In Portuguese and Spanish the infinitive verbs end with “AR” “ER” “IR” “OR”. E.g. To love – Amar,  To speak – Hablar or Falar, To compose – compor the list goes on.
  • In Italian you can take the same rule of Portuguese and add the letter “E” at the end. E.g. To love – Amare. Many verbs are similar to Spanish and Portuguese, but not all.
  • In English the infinitive is “TO”- To love, to speak, to break and so forth.
  • Germanic languages have “EN” at the end. In Dutch for instance “to walk” is “lopen”, to eat “eten”, to sleep “slapen”.

So how would that be infinitive verb in Fraiburgo? As far as I know, I have the feeling that we tend to take the final “R” out and transform it into an accent in the last syllable stressing it, which we pronounce in a very open way. E.g.

  • To walk – Caminhar = Caminhá
  • To speak – Falar = Falá
  • To exchange – Trocar = Trocá

Furthermore, other strange things usually happen in the sentences created in Fraiburgo. Herein I will stick to the verbs only. In the next posts you will start noticing the emergence of these dialect patterns. Little by little you will get acquainted with the Fraiburguese dialect. I hope you enjoy and most importantly I hope you understand what I am saying… it’s been a challenge to do so but fun at the same time.

English Bandeira do Brasil
Brazilian Portuguese
Fraiburguese – Fraiburguês
I measure Eu meço Eu mido!sugerida por – Iole Dahmer(ainda estou chocado)
I go on foot Eu vou a pé! Eu vou de a pé.Ex. “Dexe que eu vo de a pé”*Já pegaram muito no meu pé por essa. Hoje isso seria pratica de bulling 🙂
Something that is bizarre Algo que é bizarro Medonho!
To lose badly or be prevailed over another to a great degree, usually ina some form of competition or verbal disagreement – Perder por umagrande diferença de modo a passarvergonha. – Levá um vareio- Tomá um vareio
To win over another to a great degree – Vencer com folga- Ganhar com folga “Matá pau!”*Literaly meansto kill with a stick, which is

more macho than killing with

a gun or a bazuca.

* Demonstração de valentia no linguajar Fraiburguense é item obrigatório, se não vai pro laço.

Lazy person Preguiçoso Canela grossa.*Pessoa do tipo tchô ou tchoaindisposta ao trabalho.Ex. Mazé um canela grossa mesmo.*Literaly means “thick calf of the leg”
Suspicious Desconfiado Resabiado
Imagine! Imagine! Mas pense!
To throw away Jogar fora Pinxá fora.(Clássica – Sugerida por Jaqueline Cunha e Naiara Longhi)*In the top ten funny expressions!

*Fonte/Source “lanofrai.wordpress.com” and colaborators

Crossing pictures!

Before leaving to Europe most of the pictures I had taken were mainly focused on the touristic attractions. Thus, some people commented that it looked like an amusing park, which is somehow true, but in this case real people live on it 🙂

With the following pictures I seek to give an idea of how it looks in a more broad and bidirectional way. Picture 1 was taken from the intercity Bus Station, whereas picture 2 was at the Renar Hotel, which is right next the Araucárias’ lake. It’s not amazing to see how different things can be by just changing the perspectives?

Click to enlarge