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A Fraiburguese dreamer in São Paulo / Um Fraiburguense sonhador em São Paulo

Primeiro dia
– A cidade é grande e tem rios pretos plasmático que ninguém caminha nas suas margens. O dialeto é estranhU meuuuu 🙂 O pessoal aqui não entende a expressão “Dae Beleza?” eles usam “e ae beleza?” nunca pensei que isso pudesse fazer diferença…

First day
– The city is big and has strange black rivers in which nobody walks near by. The dialect is strange! The people get confused with our expressions like “hey what’s up = “Dae beleza” they say “E ae beleza? I never thought 2 letters would make so much difference.

Depois de tomar alguns ônibus, trens, metrôs e caminhar muito cheguei a algumas constatações:

  1. Aparentemente SP é maior do que Fraiburgo como mostra a figura abaixo.
  2. A USP é gigantesca, quase to tamanho de Fraiburgo a diferença é que em Fraiburgo não existe greve de estudante se não eles iriam todos pro laço.
  3. A arborização do campus é riquíssima e mesmo assim um estudante tentou matar uma árvore de uns 200 anos com seu carro de luxo mas perdeu, não tirou nem a casca da vítima e o carro de luxo virou uma lata velha. E se essa árvore fosse uma pessoa? Deve ser por isso que querem a PM fora, não ligaram pra ninguém a não ser para o seguro trazer o guincho.
  4. A arquitetura do prédio do departamento de arquitetura é surpreendentemente fantástico.
  5. Alguns projetos de ciclovias estão nascendo (muito bom) mas ainda há muitos motoristas como o carinha da USP.

After taking some buses, trains, metros and walk a lot I have come to the following assumptions:

  1. Apparently São Paulo é bigger than Fraiburgo as the picture below proves.
  2. USP  (Univeristy of São Paulo State) is almost of the size of Fraburgo, however the main difference is that in Fraiburgo there is no student strikes otherwise they would get their ass kicked by the police.
  3. The trees in the campus a great and have a huge  variety but when I was there a student tried to kill one of them of about 200 years with his luxury car. He lost the fight, the victim (the tree) was unscratched but his luxury car became a wreck. So what if instead of tree as person person? That must be why they want the the police on campus and make protests about it.
  4. The architecture of the building’s architecture department is surprisingly fantastic.
  5. Some cycling projects like cycle paths and so one got started (very good) but there are still many drivers that one who collided with the tree.

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Segundo dia
– “Ser um zé ninguém em São Paulo é moleza, agora tenta ser um em Fraiburgo pra ver se deixam…”

Second day
– “It is easy to be nobody in São Paulo, try to be one in Fraiburgo to see if they allow you…”

– “Porque as árvores e muros competem tão bravamente?” –  “São Paulo a terra da disputa”.
– “Why the walls and the trees compete so much?” – “São Paulo, the land of contests”.

Museo da língua portuguesa com arquitetura Britânica – Claro,  foram sempre aliados
– Será que aqui eles conhecem o Fraiburguês official?
Resposta
– No mapa de falares Brasileiros, o mais próximo do Fraiburguês,  foi um alemão de Pomerode falando “Tchau” em Francês!!! o que? É verdade…muito estranho.

“A língua é um mistério sobre o qual vale a pena debruçar-se e refletir” (sem autor)

A história, das estruturas e formas de uma língua é inseparável da história do seus falantes, e da história daqueles que herdaram, modificaram, e reciclaram ela ao longo do tempo…

Museum of the Portuguese language with British architecture – Yes sir, they were always alied…
– I am wondering if they have something about the Fraiburguese dialect…
Answer
– Not at all – the closest they got was an german accent from Pomerode which the guy was saying bye in French…very strange…

The history, structures and forms of a language is inseparable from the history of its speakers, and the story of those who have inherited, modified, and recycle it over time …


Terceiro dia
– O Fraiburguense saiu para caminhar com um papel e uma caneta para capturar insights – Sim, é possível ver a lua e o céu em SP…Perigoso? não pois ninguém rouba caneta, papel ou livros. Se tivessem interesse nisso não precisariam roubar pois estariam perdendo seu tempo criando coisas novas.
Third day
– The Fraiburguese went out for a walk with a piece of paper and a pen to capture new insights – Yes, it is possible to see the sky and the moon in São Paulo.

“Conhecimento não se troca – se constrói”
Knowledge you don’t exchange, you build it up”

Como tem gente estranha e diferente nessa AV. Paulista…aqui nem gêmeos são iguais…inacreditável – Muito massa, é inspirador! (Muito massa = mó legal) Muvuca em em Fraiburgo se chama entrevero de gente! 
Here at the AV. Paulista there are so many different people, not even tweens look a like…incrédible – I am loving it…


Quarto dia
– Enquanto não desenvolvermos um sistema informações que realoca as pessoas de maneira colaborativa para que vivam mais perto de seu trabalho, todas elas terão que se transportar de algum modo e se cruzar todos os dias nas ruas dos seus destinos. Enquanto esse dia não chega, o que nos resta é deixar as que sementes (ideias) voem com vento (internet) e encontrem terreno fértil no coração de pessoas que querem reinventar suas vidas, suas cidades e o mundo” Essa é a visão de Fraiburguense sonhador em São Paulo 2011 um lugar que ninguém mora perto como em Fraiburgo. Abaixo um video que traduzi e dublei porque achei muito inspirador. Ele conta a historia das ciclovias Holandesas e espero que possa servir para o desenvolvimento de Fraiburgo e de todo resto do país. Se gostar compartilhe!

Fourth day
– Until we do not develop a system that relocates people in a collaborative way to live closer to their work, they all have to commute and cross each other on the streets of their destiny. What remains is to let seeds (ideas) fly with the wind (Internet) and find fertile ground in the heart of people who want to reinvent their lives, their cities and the world ” A a dreamy vision of Fraiburguense Sao Paulo in 2011. Below is a video that tells the inspiring story of Dutch cycling and I hope they serve to develop Fraiburgo and all the rest of the country. If you like to share it! The English video is here  http://hembrow.blogspot.com/2011/10/how-dutch-got-their-cycling.html

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=l1a_USVlXSE]


Quinto dia
-E se todos esses prédios fossem flores?
Fifth day
– What if all these buildings were flowers?

– Jogar lixo no chão não é falta de educação – é a educação que tiveram…não é só aqui que recebem essa edução que se cristaliza num hábito.
– To throw the rubbish away is not lack of education, it is the education they have got and it is not unusual.

– Bairro da liberdade – Dizem que é o bairro dos japoneses mas tinha muito chinês e Koreano lá. Depois não querem que nós fiquemos confusos dizendo que são tudo a mesma coisa. A propósito, avistei uma moça cantando música japonesa em tons e rítimos áureos. Difícil não se apaixonar em poucos minutos de exposição ainda mais um fraiburguense indefeso.


Sexto dia
– Precisei desabilitar o módulo cerebral de reconhecimento de faces devido ao desgaste cognitivo e improbabilidade de encontrar conhecidos…Agora sinto que as pessoas parecem apenas bonecos de diferentes tamanhos, cores e sotaques. Me vejo como um deles, mas com um sotaque irreconhecível que parece ser do sul…
Sixth Day
– I need to disable the brain module responsible for face recognition to save cognitive energy. It is very unlikely you will find somebody known here…Now I have the feeling that people are just like dolls of different sizes, colors and accents. I see myself as one of them, but with an unrecognizable accent that seems to be from the south…


Sétimo dia
– Parece que tem carros 1.0 com businas 2.0 turbo! Em SP tudo é possílvio!
Seventh day
– It seems that the engine of the cars here are 1.0 while the horn is 2.0 turbo engine! In SP everything is possible!

Hoje descobri que os Paulistas não conhecem a palavra “Patrola”. Que estranho né, como as pessoas podem viver a vida toda sem saber disso? um símbolo eleitoral nacional 🙂 lá em Fraiburgo temos até a praça da patrola! hehehe que mundo…Tá ai na foto uma patrola bonitinha para os que não a conhecem!
Today I discovered that the people from São Paulo did not know the word “bulldozer”. How strange! How can people live their entire lives without knowing it? a national election symbol:) In Fraiburgo, for instance, we have the bulldozer square!  hehehe … a bulldozer picture for those who do not know it!


Oitavo e último dia
Aqui o idioma oficial é Corinthianês, amplamente utilizado nas ruas e avenidas por São Paulinos, Palmerenses e etc. As frases devem sempre começar e terminar como “meu” como “câmbio” nas conversas de rádio. A expressão “mano” é também muito utilizada mano, tá ligado mano? é curithiá mano! Também se fala “treta para um problema” ex. Que treta meu! A advérbio “muito” aqui é “mó”. Ex Mó legal meu! em português seria “muito legal” em lá em Fraiburgo seria “De legal, tchô”. Continuando, aqui se fala também “Rachar o bico” para dar risada de algo. Para um Fraiburguense isso soa com se você estivesse martelando o bico de uma galinha, pato ou sei lá…em Fraiburguês o equivalente é “se mijar de rir ou se partir” ex. Eles escuitaram (do verbo escutar) a anedota e tavam se partindo (se mijando de rir). Se usa bico em Fraiburguês para pedir silêncio “feche o bico, piá”.

Mudando de assunto, tenho notando que falar do transito é mais frequente do que dizer “bom dia, boa tarde e boa noite” e olha que o pessoal aqui é cortês, pelo menos os que conheci até agora (vou sentir saudades). Bom, hoje tá fazendo um solzinho com um pouco de frio e vou averiguar se eles sabem o que é “dar dar uma lagartiada” hehe

No English translation for this text which is related to Portuguese accents and very specific feelings and expressions.

De volta a tímida, despovoada e ingenua Santa Catarina, lugar onde as coisas parecem artesanais e os espaços em branco ainda existem no som, tempo e no espaço. De São Paulo sentirei falta do jeito cativante das pessoas e da Brasilidade sinestésica…
Back in the shy, naive and uninhabited Santa Catarina, where things seem to be crafted and there is still blank spaces between them, the same for the noise, time and space. From São Paulo will miss the captivating people and kinesthetic center of the Brazilian culture…