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Oração do “Senhor da Neve”

Texto capturado nos ecos do Facebook. Créditos ao professor e artista Renato Goetten.

Oração do “Senhor da Neve”

Obrigado “Senhor da neve” por ter nos mostrado que mesmo no inverno, pode haver poesia, pode haver beleza, pode haver magia…

Obrigado “Senhor da neve”, por ter feito de nós adultos – crianças novamente; e das crianças – crianças verdadeiramente…

Obrigado “Senhor da neve”, por ter realizado o sonho dos meus filhos, dos filhos de todos os pais, e dos pais de todos os filhos…

Perdão “Senhor da neve”. Perdão por não sermos capazes de podermos fazer com que todos os seres pudessem apreciar a sua alva doçura. Pois, para alguns ainda falta o básico, o necessário, o minimamente indispensável para que pudessem olhar o céu e enxergar a neve, e não apenas o frio – espelho do gelado coração humano.

Senhor da neve 

Nevou naquela noite (autor anônimo)

Texto enviado ao blog esta semana. O autor pediu para não ser identificado. Agradecemos pela linda contribuição com comunidade. 

 

José vivia naquela casa há quinze anos. Parara ali por acaso. Nada de surpreendente, apenas comodismo. A vida era tranquila. Não tinha do que se queixar. Trabalhava há cinco anos na mesma fábrica. Há três anos operava a mesma máquina. Morava próximo ao seu trabalho, de modo que não havia possibilidade de mudar seu trajeto. Se pudesse, será que o faria?

Era casado, pai de Ana e de João. Vida mais corriqueira não havia. Certamente amava sua família. Afinal, fazia um esforço danado para colocar um pouco de conforto em sua casa. Também, procurava rezar todas as noites com seus filhos em frente à imagem da Virgem. Era um momento só deles.

Vinha de uma família de agricultores paranaenses. Lá a vida era sofrida. Por isso, a sua maior ambição era criar seus filhos da melhor forma possível. Queria que eles tivessem estudo para trabalhar no escritório da empresa. Lá não sentiriam o frio das privações.

Seus filhos estudavam e sonhavam. A menina tinha sonhos de riquezas. Enquanto o menino tinha sonhos de doçuras. Ela queria roupas de grife, companhias elegantes, frequentar lugares requintados. Ele queria um mundo. Qual? Ainda não sabia. Ele procurava, mas não encontrava. Por certo não era ali.

A vida transcorria de forma exata. O salário era o mesmo. Os dias eram iguais. As quatro estações eram definidas. Era época de inverno.

Certa noite fazia muito frio. Completo silêncio. Tudo parou quando a neve começou a cair. Não era um evento corriqueiro. Era surreal. João sentiu a presença de Deus. Estava em êxtase. Nunca vira tanta beleza. Naqueles minutos João lembrou de tudo o que vivera até ali. Pai e filho se olharam. Nenhuma palavra foi dita. Mas José entendeu que algo extraordinário passava com seu filho. Alguns anos atrás algo parecido aconteceu entre José e seu pai.

João voltou a olhar a neve. De repente disse:

– Pai, quero ser jornalista. Olha isso… É muito lindo! Alguém tem que escrever sobre esse dia para que ele seja registrado na História.

– Filho, vá! É seu sonho? Vá! Estude! Onde quer que você esteja eu sempre estarei com você, viu?! Sempre!

Sucedeu um aconchegante abraço.

Uma vez um cidadão de grande conhecimento (Gustavo Biscaro) comentou que em Fraiburgo só neva onde o IPTU está em dia! Parece que hoje, finalmente, uma grande parte da população pagou o boleto! Parabéns tchozinhos! Temos muito orgulho de vocês!

A guerra do contestado escrita no ano de 2113.

O contestado futebolístico foi um evento histórico mundial que aconteceu no Brasil em 2013. Foi caracterizado pela luta do governo brasileiro contra seus  habitantes por força do capital e influência cultural estrangeira no país. Neste conflito houve a desapropriação dos sertanejos que viviam num raio de até 15km para cada lado dos estádios da Lumber (maderera responsável pela comercialização do futebol no planeta).  A falta de informação e o fanatismo dos sertanejos provocou sérios confrontos entre os próprios caboclos e principalmente com o governo, o qual não provia nem hospitais e muito menos a parte mais importante da educação humana, o bom senso. Muitas ideias criativas foram perdidas se não totalmente extintas nesse conflito devido a altura dos gritos de gol que afogavam até os mais estudados e formadores de opinião dos sertanejos.  O conflito durou certa de 4 anos e foi um dos primeiros eventos da história mundial a apresentar a inovação do uso de gás lacrimogênio contra civis desarmados, nem facão estes usavam.

Hoje, 100 anos depois, as estradas de ferro e os estádios que causaram todo o problema não são utilizados.  Na cidade de Caçador, em Santa Catarina, foi criado o museu do contestado com os principais artigos da guerra, incluindo partes do campo e as traves utilizadas na final copa de 2014 o grande símbolo de pujança econômica da época. Fica a lembrança e as cicatrizes desse evento da historia do país junto com as lições aprendidas e a reforma dos símbolos nacionais, pois, mais uma vez se comprovou que não é possível tirar a cresça de uma nação sem colocar outra no lugar sem e machucar muita gente.