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Cachoeira Tombo do Tchô – Videira – SC – Lá no Frai expedition

Depois de uma longa pernada, vários tombos, trilha perigosa, chuva e quase perda da câmera chegamos a essa pérola no meio oeste de Santa Catarina, a qual é praticamente desconhecida, ainda mais se comparada a atores da globo e jogadores de futebol. O objetivo desse post é, assim como a grande maioria das publicações do blog, valorizar as riquezas escondidas na região aqui denominada tchozina por pura licença poética em homenagem aos tchôs e tchoas da região. Como estas quedas não tem um nome específico resolvemos chamá-la de tombo do tchô como forma de alertar a todos os visitantes sobre essa fascinante obra da natureza mas que também oferece muitos riscos. Ao final apresentamos a localização da cachoeira com o máximo de detalhes possíveis. Click nas imagens para aumentar o tamanho da visualização.

Antes de descrever qualquer coisa, aqui vão as notas de atenção.

– A cachoeira é tão fascinante como perigosa pois é onde todo o rio do peixe mergulha. É necessário muito cuidado, mesmo com experiência de alguns anos de trilhas em várias partes do mundo, esse é um dos lugares mais perigosos que já visitei principalmente a parte de baixo da cachoeira.
– Não subestime a força da água, a irregularidade das pedras pode ser fatal
– Use tênis com garras e sempre tenha as duas mão livres para caminhar sobre as pedras algumas são grandes
– Como existem muitos tipos, formatos e cores de pedras não existe um padrão de como se deslocar entre elas a não ser ir com calma, analisando cada passo e sempre com o apoio das mãos.
– Não há sinal de celular, vá em grupo.
– Não jogue lixo nesse paraíso natural e se puder retire o que encontrar, isso não é para a sua segurança é para a segurança da vida do ecossistema.
– Verifique as condições do clima, procure ir de 3 a 4 dias desde a última chuva. O rio do peixe assim como todos os demais da região ficam muito escuros com a chuva. Quanto mais água maior o risco.

Abaixo está a primeira foto foi encontrada na internet, a qual despertou a pesquisa pelo local, foram realizadas aproximadamente 3 viagens à Videira sem encontrar alguém que soubesse desse ponto, provando que a desinformação regional é grande. Ser tchô e não desfrutar da região tchozina é o prejuízo humano incalculável, uma espécie de pecado. Me parece que quanto mais civilizados nos tornamos, menos gratuita a natureza se torna. Esse comportamento econômico nunca mudará, nunca…

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Por – Gerard Moss

Cachoeira tombo do tcho

Esta é uma vista da trilha inferior, decidimos não cruzar até o outro lado da margem porque as dimensões e quantidade de água podem enganar o tchô.

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Vista da força das águas e a impossibilidade de enquadrar todas as cachoeiras na mesma imagem, é muita informação aos olhos, para quem presencia esse local é muita informação para todos os sentidos.

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Quedê-le a ponte tchô? / The no bridge status.

Tchozinhos(as);

Hoje no domingo, o Rio Correntes continuou subindo, aliás descendo, só que num volume cada vez maior. Segundo moradores, a ponte deve aguentar a pressão “firme e forte”  como já o fez nas outras vezes! Há comentários de que o projeto dessa ponte poderá ser utilizado para substituir a ponte Hercílio Luz de Florianópolis que gasta, gasta, gasta, não cai e também não funciona.   

Aparentemente nem de bicicleta ou “de apé” sem chapéu está sendo possível fazer a travessia. Além disso os bombeiros recomendam:

  • Não tomar banho no rio nas próximas horas sem bóia de pneu de caminhão (talvez amanhã de boa, mas se acarmegim);
  • Não deixar qualquer indivíduo que se encontrem em estado alcólico “cuzido ou tchuco” livre pela região;
  • Usar luz baixa durante a travessia de carro;
  • Não fazer ultrapassagem forçada na ponte;
  • Respeitar o limite de velocidade da ponte 80 km/h; 
  • Comunicar as autoridades sobre qualquer evento extraordinário.

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Nevou naquela noite (autor anônimo)

Texto enviado ao blog esta semana. O autor pediu para não ser identificado. Agradecemos pela linda contribuição com comunidade. 

 

José vivia naquela casa há quinze anos. Parara ali por acaso. Nada de surpreendente, apenas comodismo. A vida era tranquila. Não tinha do que se queixar. Trabalhava há cinco anos na mesma fábrica. Há três anos operava a mesma máquina. Morava próximo ao seu trabalho, de modo que não havia possibilidade de mudar seu trajeto. Se pudesse, será que o faria?

Era casado, pai de Ana e de João. Vida mais corriqueira não havia. Certamente amava sua família. Afinal, fazia um esforço danado para colocar um pouco de conforto em sua casa. Também, procurava rezar todas as noites com seus filhos em frente à imagem da Virgem. Era um momento só deles.

Vinha de uma família de agricultores paranaenses. Lá a vida era sofrida. Por isso, a sua maior ambição era criar seus filhos da melhor forma possível. Queria que eles tivessem estudo para trabalhar no escritório da empresa. Lá não sentiriam o frio das privações.

Seus filhos estudavam e sonhavam. A menina tinha sonhos de riquezas. Enquanto o menino tinha sonhos de doçuras. Ela queria roupas de grife, companhias elegantes, frequentar lugares requintados. Ele queria um mundo. Qual? Ainda não sabia. Ele procurava, mas não encontrava. Por certo não era ali.

A vida transcorria de forma exata. O salário era o mesmo. Os dias eram iguais. As quatro estações eram definidas. Era época de inverno.

Certa noite fazia muito frio. Completo silêncio. Tudo parou quando a neve começou a cair. Não era um evento corriqueiro. Era surreal. João sentiu a presença de Deus. Estava em êxtase. Nunca vira tanta beleza. Naqueles minutos João lembrou de tudo o que vivera até ali. Pai e filho se olharam. Nenhuma palavra foi dita. Mas José entendeu que algo extraordinário passava com seu filho. Alguns anos atrás algo parecido aconteceu entre José e seu pai.

João voltou a olhar a neve. De repente disse:

– Pai, quero ser jornalista. Olha isso… É muito lindo! Alguém tem que escrever sobre esse dia para que ele seja registrado na História.

– Filho, vá! É seu sonho? Vá! Estude! Onde quer que você esteja eu sempre estarei com você, viu?! Sempre!

Sucedeu um aconchegante abraço.

Cinema no Lá no Frai

Tchozedo, acabamos de receber informações de que o governo federal vai investir na criação de cinema em cidades de 20 a 120 mil habitantes como forma de desbitolamento cultural do Brasil. 

Para que seja criado o cinema Lá no Frai é necessário que a prefeitura colabore. Assine a petição neste link 
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=cinefbgo

Mais informações do projeto federal neste outro link 
http://www.ancine.gov.br/media/folder_cinema.pdf 

Repasse essa informações para os demais. Obs. Por gentileza não fazer comentários do hospital, existem outros posts sobre isso e essa verba específica – uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa. 

Abraço
Equipe do Lá no frai de zóio…

Lá no Taquaruçu é assim / The waterfall of Taquaruçu.

Texto em Fraiburguês medieval. 

Tá aqui tchô, o Taquarucú, uma preciosidade das terra tchozinas, a pérola do contestado. Faz mais de um ano que tirei esta foto e realmente não tive como publicar antes. Além da vida corrida, já são quase 5 mil fotos de Fraiburgo sob negaciação, sim é um trabaio cognitivo puxadinho, mas devertido. Como existem coisas bonitas pelo Frai, não!

Mas e cadele a cachoeira? 

Viu, siga o trecho Fraiburgo —> Frei Rogério. Num cruzamento dos cruzamentos de uma bizoiada se encontra uma placa dizendo “Taquauçu”.  Isso é sinar de que ta no rumo tchô. Despois dê uma guinada para direita e siga toda vida reto. No meio do caminho vai encontrá uns piás encima de palanques, palanques de cerca maiores do que sua viatura, visagens, casas simples e etc. Quando chegar no museo do contestado, vai ter que pidunchar em Fraiburguês quedele a Cachoeira. Sim são as pessoas que guardam os mapas do tesouro! Não perda a oportunidade de conhecê o museu tamém. 

Com relação a cachoeira, acredito que ela é tanto negaciáver como nadáver, porém não se apinxe lá tchuco, sozinho ou no inverno, pode ser muito perigoso tchô. Bicho feio. Se ligue!  Além disso, quando se fincá no mato, muito cuidado com os formigões, eles podem picar a sua perna e dar perda totar. É sério!  No mais é isso galeritchôs, espero que tenham gostado e tamém perdam um dia do faustão na tv para conhecer o mundo onde vivem e curtirem um delicioso picknique com os amigos nesta natureza ainda preservada… 

So here it goes, another waterfall found in Fraiburgo. It has been a year or so that I took it but I haven’t got the time to publish it. Taquaruçu, where this wonder is hidden is a bit far apart from the city and forgotten by the Brazilian government for a 100 years ever since the end of the “contested war”. The only good part is to have this still well preserved.

Taquaruçu lá no frai

Lá na Mãe Videira anoiteceu assim / Videira’s sunset

Garelitchôs, a mãe do Frai tem coisas lindas para mostrar. Lá na Videira é assim! Segue as fotos tiradas por Karoline Kramer e Rodrigo Cherobin. Um abraço especial para os tchozinhos e tchozinhas de Videira que vem, há um bom tempo, acompanhando como são as coisas Lá no Frai!  

Nice sunset in Videira, a city located 25km away from Fraiburgo. A very montaneous place, soon I will show some more pictures of this lovely Italo-German-Brazilian city.