Querida mãe tchozina obrigado por:
Ter me feito sobreviver ao frio mais frio que existe no país! Dizendo:
– Leva mais uma blusa piá!
– Ponhe mais duas meia que tem geada!
– Feche o zíper de baixo, depois o de cima, mais esse botão aqui e amarre tudo bem firme com essa corda ligero!
Por ter me passado a vara de vime ou de marmelo quando “percisava”. Quando tchozinho, a gente não sabe que “entrá” com as bota embarrada em casa é ruim e que “Gatiá” os brinquedo dos amigos sem fazer o “Brique” é chato. Agora a gente sabe! Se vocês tivessem passado a vara no resto no pessoal que tá em Brasília, eles não tariam estorvando.
Obrigado por ter ensinado o dialeto cantado tchozino com frases tipo assim:
– Viu, o tchô!
– Nossa, de bunito que ficuó.
– Viu, largue mão.
– Apure piá, ligero!
– Venham e sentim na mesa!
– Esfregue esse pescoço craquento, ih tá craquento ainda!
– Se aligere se não vai pra vara!
Fazer pinhão pra gente! Imagina que nenhuma mãe da África, da Europa, da Ásia e das Américas consegue fazer isso? É muito amor!
Também, obrigado por ter mantido os butieiros em casa, sem butieiros não há butiá e se não há butiá, não o que sartá dos borso.
Bom é isso, um feliz dia das mães especial para as mães tchozinas que fazem da gente um povo muito, mas muito diferenciado mesmo.