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Interpretação das expressões tchozinas

A arte de interpretar o sentimento humano atrelado a cada expressão tchozina é um trabalho de grande sensibilidade e dedicação. O resultado é a criação de valores compartilhados somente entre nós. Outros povos podem até achar parecido, mas parecido nunca é igual. Por esse motivo, todos os leitores aqui do “lánofrai” tem o direito vitalício de sempre carregar butiá nos borso para que estes sartem em momentos espantosos, também de poder se pinchárim na água quando tiver calor, de dizer “pióoorrr que não” ao invés de infelizmente ou “A de não!!!” ao invés de “isso é possível”. É uma função, mas antes de terminar ainda fica a dúvida, porque lá no Frai se usa o gerúndio no diminutivo para indicar ação em andamento de modo faceiro como por exemplo: Caminhadinho, estudandinho, trabalhandinho e etc? Enquanto refletimos chamem a piazada ligero que o pinhão tá servido!

Uso da palavra “suficiente”

Foi constatado que em Fraiburgo não se diz a palavra “suficiente” por exemplo: Já temos alimento suficiente. Lá no Frai se usa “que chegue”. Seguem alguns exemplos práticos: – “Não, não, já temo comidage que chegue” – “A piazada ganha brinquedo de tudo que é jeito, parece que nunca tem que chegue, é uma função que dzulivre”. – “3 garrafão de vinho já chega, né?” …. Mais exemplos? Escrevam abaixo! Um abraço tchozinhos(as)!

Questão 328 – Assinale a alternativa correta

Lá no Frai quando o tchô(a) está ficando doente, malexo ou pestiado, a expressão correta é:

(A) “O rapaz(moça) tem demonstrado pioras em seu quadro clínico”
(B) “As condições do paciente saúde estão se degradando”
(C) “O tchô(a) se arruinô dum jeito que home do céu”
(D) O estado de saúde do paciente indicam atenção.

Expressões linguísticas prontas para usar

Expressões linguísticas prontas para usar Lá no Frai, é só escolher a mais adequada e falar alto, todas já foram testadas em laboratório!

Sai azar, crendios, home do céu, dzulivre, vávává, só bombiando,mas que bichera, meia boca, pregá a mão no ovido, trupicá, fora da casinha, bocaberta, fuja loco, mais é um bardoso véio, já gosta de se alugá, mata a pau, se lascou, viu o seu bocó óie aqui já, pechada, animar de teta, ma daí sim né tchô, proziaa, kako véio, facero o miseráve, devereda, catrefada, só rafoage, sarna, piá, piá pançudo, reinento(a), vai pro laço, imundicia, pego bem na verada, mas carcule se não?, mas pense!, judiá, inticá, espichá as perna, debulhá, fuja loco, tava um intrevero lá, jaguaredo, decerto que sim, pior que não, tchô beiçudo, tá tchuco?, no muque, perau, diacho, guaipéca, jaguarinha, mas credo tchô, mas largue mão, mas pare home, se pinxemo, tunda de laço, mata a pau, estrupício, me furo ozóio, tabornaço na oreia.

Especificidades linguísticas – Verbo “Trovar”

Em uma análise mais profunda das expressões linguísticas brasileiras, vemos uma interessante e inevitável mutação de sentido devido à necessidade de evolução dos termos quando estes se aproximam geograficamente de Fraiburgo. Por exemplo, se você disser para a alguém Lá no Frai a seguinte frase:

– Eles estão flertando.

A resposta pode ser:

– Viu, o que você disse? Fler o que?  

Agora, se você utilizar o termo “Trovando” adicionando o diminutivo (espécie de turbina linguística para expressar continuidade), aí você atinge diretamente o cortex tchozino do receptor. Resultado, a comunicação se dá perfeitamente e as sensações são compartilhadas entre os falantes imediatamente. Vejam a figura abaixo:

Só trovandinho

Assinale a alternativa correta. A expressão “Bicho feio” em língua tchozina significa:

(A) Animal de qualquer espécie, porém de má aparência;
(B) Lugar perigoso, tão perigoso que se fala a palavra “crêndios” durante qualquer explicação deste lugar;
(C) Algo muito difícil de lidar, expressão geralmente acompanhada por “Home do céu!  ou Muié do céu!”
(D) Situação de solução impossível, extremamente perigosa da qual os envolvidos não tem saída;
(E) Todas as alternativas corretas porque explicar essa expressão é realmente “Bixo Feio” tchô!