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O processo de resignificação

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by Júlio Crestani

Esta fantástica foto não só apresenta o casamento de um jovem casal (Eduardo e Paola Ribeiro) em Fraiburgo, mas também retrata com excelência um dos processos de desenvolvimento mais importantes (pelo menos do meu ponto de vista) em todas as sociedades consideradas atualmente ricas. Este processo é o de re-significação das coisas. Então o que é isso e como funciona? 

Bem, esse é um tópico jaguara de grande para apenas um único artigo, mas para quem vem acompanhando o blog talvez seja mais fácil de digerir. Basicamente a resignificação é o processo de criação de marca, que envolve uma profunda visão imaginária e artística sobre as coisas com o objetivo de criar valores intangíveis. Esses valores podem ser atrelados a partir de diversos meios, tais como imagens, histórias, heróis, músicas, jogos, outras coisas que, literalmente, ocupa as mentes das pessoas que mais tarde servirão como base decisões reais. É importante, muito importante saber que o princípio da criação de símbolos é que estes sejam reconhecidos por todos, ou seja que haja um consenso. Se todos acham que o tênis Nike é bom, há um consenso de que é um produto de qualidade e assim por diante. 

Então, o que esse casal fez foi identificar um local na cidade que nunca ninguém jamais imaginou, ou pelo menos, jamais tomou a iniciativa de fazê-lo. Após esta imagem, o mesmo lugar nunca terá o mesmo significado, por isso se torna mais especial, mais as pessoas vão pensar sobre isso, a região será mais respeitada e valorizada. Não é à toa que o lago das Araucárias das 1001 manhãs (você achou que eu iria dizer 1001 noites né?) continuará sendo a área de maior prestígio na cidade e, consequentemente, o mais bonito e caro, por quê? Porque outros lugares não trazem em consenso o mesmo significado que ele trás, sua história, sua marca, sua unicidade e etc. Mas, quem cria estes valores? A resposta é simples, as pessoas e seus talentos colocados em ação. Ter uma idéia e não se aligeirar pra colocar em prática não resolve nada, é a mesma coisa que multiplicar 1000 vezes 0, o resultado é zero sempre. A má notícia é que, em média, menos de 2% da população é capaz de fazê-lo. Se essas intervenções criativas de valor e se esse comportamento tão precioso não forem reconhecidos essa taxa se reduz ainda mais. As regiões mais pobres que eu conheci tendem a lutar contra inciativas artísticas, culturais porque essas geram desconforto e muita mudança. 

Tchôzinhos(as), a dica é, se você tem uma idéia, um sonho, uma vontade, de um jeito de realizá-la. Se ninguém der valor, aprenda outro idioma, troque de trabalho, vá embora, busque as pessoas que entrem em consenso sua ideia e realize. Um super parabéns para esse jovem casal que criou está nova perspectiva do Frai! Nós do blog vamos sempre que possível manter o processo de mineração das pepitas de ouro da experiência humana nesta região especial do mundo. Enquanto uns destroem (como no caso do chorão), outros resignificam.

Feirão do imposto Lá no Frai / Tax free fair in Fraiburgo

Foto Joni Hoppen – Painel digital da Agência Volle

Queridos Tchozinhos e Tchozinhas,

Dear friends,

Vocês sabem quanto se paga de imposto em cada produto comprado no Brasil? O projeto Feirão do imposto é  o ponto de partida para uma campanha nacional de entendimento de como a coisa “funica” e também serve de alerta pra piazada para que sejam mais “sarnas” com relação ao destino de toda essa dinherama. No Frai o feirão acontecerá no pátio da BIG BOM no sábado dia 15 de setembro de 2012 das 9 as 16 horas. Quem está organizando isso são os voluntários do núcleo de jovens empreendedores do Frai com ajuda de vários patrocinadores.

Have you ever seen something like a Tax Free fair in your country? This is a project in which I am involved alongside a group of young Fraiburguese entrepreneurs and we will bring a set of products and making it explicit to civilians how much they pay of taxes on each of them. Brazil is becoming a real expensive country to live in and the tax burden is almos unbearable and we want to promote a positive reflexion on this. Furthermore, this is being replicated in several other cities all across Brazil with special emphasis in the State of Santa Catarina where the ideia has first developed.

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Tchozinhos globais e o sonhos Brasileiro

Dae piazada, bão que nossa? Nesse último mês as coisas estão bastante corridas, mas sem desacorçoar (no frai não se desanima, se desacorçoa) vou continuar escrevendo do Frai e para o Frai, o qual já estou com saudades.

Este post se trata da revolução que está acontecendo no Brasil já a algum tempo e que ainda provocará grandes transformações na maneira como vemos o mundo e atuamos nele. É um novo Brasil que está se descobrindo e nós todos do Frai estamos nesse barco chamado “o sonho Brasileiro”. Alguém já ouviu falar dele? ou então o sonho Americano? Pois é, fazem mais de 60 anos que geração após geração os Brasileiros se sentem recalcados por não conseguirem ser ou fazer igual ao que assistem nos filmes gringos…e não poderia ser diferente, assistir a realidade de uma cultura diferente e tentar aplicá-la na prática é mais ou menos como morder maçã de cera…o único jeito de sair desse dilema é ir lá fora plantar maçãs de verdade esperar, trabalhar e colher ou pagar por maçãs reais. Realidade e virtualidade hoje em dia  são coisas que que estão cada vez mais confusas e sonhar o sonho dos outros é muito mais…Por esse motivo tem uma galerinha que andou pesquisando qual é o sonho e os anseios dos jovens Brasileiros e os resultados são surpreendentemente visíveis. Em síntese:

Sem nenhuma grande figura heróica, essa geração é formada por vários micro-heróis, pessoas que influenciam positivamente a realidade ao seu redor. (vádebike.org).

 A nova geração de Tchozinhos globais que rejeita toda e qualquer tentativa de hierarquização social dentre outras coisas. Como exemplo deste choque de visões de mundo cito duas situações dentre muitas:

  1. O pai mostra com orgulho ao filho as fotos de animais que ele caçou e/ou árvores que derrubou – Os novos tchozinhos novos já se perguntam porque você fez isso, porque tem orgulho disso?
  2. O bacharel que se acha doutor forçando outras iguais a se sentirem subjugados – Essa metodologia de legitimação ou carteraço funcionou muito bem no Brasil desde sua concepção porque o povo sempre foi muito pouco instruído e a sociedade industrial necessitava de hierarquias. A nova geração, no entanto sabe, mesmo contrariando a lei, que doutor é somente aquele(a)  que passou pelo menos 5 anos fazendo um doutorado procurando, desenvolvendo e escrevendo ideias inovadoras em relação ao conhecimento humano universal. Quem aceitar chamar um bacharel de doutor aceita a subjugação.
  3. Antigamente os erros era esquecidos – Hoje os Tchozinhos em rede transmitem os erros com cliques repudiando os responsáveis. Como por exemplo temos o caso dos vereadores de Fraiburgo que VETARAM REAJUSTE SALARIAL DOS PROFESSORES mesmo com o executivo tendo dinheiro em caixa para pagar (Fonte: A Tribuna 3/4/12) . Os vereadores que votaram contra são: João Alvadi, Juliano C. Costa e João Albino de Barros. Segundo Vanderlei Luiz Primon tchozinhos devem anotar estes nomes fazendo toda e qualquer campanha contra qualquer a coisa a que se candidatem para o exercício na vida pública por ser um favor a vocês mesmos e ao município. O caso da votação do aumento de vereadores já foi publicado aqui no blog e vale a pena ser revisto neste link.

Perguntas:

Esse processo é reversível?

resposta = não.

Preciso de um partido político para provocar mudanças onde vivo?

resposta = também não!

Abaixo um documentário sobre essa nova visão de mundo –  “Viva ao sonho Brasileiro, sonho que se sonha acordado!”

[vimeo http://vimeo.com/30918170]