Arquivo da tag: Família Frey

As preciosidades do Centro de Fraiburgo

Bem no centro da cidade, um dos monumentos mais fotografados de Fraiburgo recebe moradores e visitantes: o portal da Praça Maria Frey. Suas torres em estilo europeu lembram a herança cultural da cidade, fruto da imigração que ajudou a construir o Frai. A praça foi inaugurada em 1994.

Right in the city center, one of Fraiburgo’s most photographed landmarks welcomes residents and visitors: the gate of Maria Frey Square. Its European-style towers recall the city’s cultural heritage, the result of the immigration that helped build Frai. The square was inaugurated in 1994.

No centro, a grande moldura em madeira traz a inscrição “Fraiburgo – Terra da Maçã”, reafirmando a identidade da cidade como capital brasileira da fruta. É ali que muitos turistas param para fazer registros e levar uma lembrança do Frai no coração e no álbum de fotos. Vale mencionar o papel do talentoso professor e artesão Francisco Costella (in Memorian) que esculpiu centenas se não milhares de placas e artefatos em madeira por toda a cidade além deste grande mural.

Na direita está o termómetro na direta, é considerado um dos maiores termómetros de mercúrio das américas. Já foi quebrado uma vez, mas foi restaurado.

At the center, the large wooden frame bears the inscription “Fraiburgo – Land of the Apple”, reaffirming the city’s identity as Brazil’s apple capital. It is here that many tourists stop to take pictures, carrying a piece of Frai in their hearts and photo albums. It is worth mentioning the role of the talented teacher and craftsman Francisco Costella (in memoriam), who carved hundreds, if not thousands, of wooden signs and artifacts throughout the city, in addition to this great mural.

On the right stands the thermometer, considered one of the largest mercury thermometers in the Americas. It was once broken but has since been restored.

Esse monumento também é reflexo do capricho e das virtuosidades trazidas pelos fundadores alemães, visíveis não só nas formas arquitetônicas da cidade, mas também nos pequenos detalhes. Nesta outra foto do ano de 1958 (antes da emancipação da cidade), por exemplo, é possível encontrar um coração na entrada da casa da família Frey, símbolo de cuidado e afeto que atravessa gerações.

Coração de Fraiburgo – A garagem da casa da Dona Gerda e Seu Bogomil. Foto aérea de 1958 cedida pela secretaria de estado do planejamento – SEPLAN – Estado de Santa Catarina. – Heart of Fraiburgo – The garage of Dona Gerda and Seu Bogomil’s house. Aerial photo from 1958 provided by the State Planning Secretariat (SEPLAN) – State of Santa Catarina.

Mais do que um cartão-postal, a Praça Maria Frey é ponto de encontro, de celebração e de memória. Cada detalhe do monumento homenageia a força de quem ajudou a erguer a cidade, mantendo viva a ligação entre passado, presente e futuro.

More than just a postcard, Maria Frey Square is a place of gathering, celebration, and memory. Every detail of the monument pays tribute to the strength of those who helped build the city, keeping alive the connection between past, present, and future.

Por hoje era isso piazada! Espero que tenham gostado!

Das war alles für heute! Willkommen in Fraiburgo.

_______________________________________________
Lá no Frai é assim… Fraiburgo, a Place to be discovered!

O projeto nasceu em 2006 para preservar a cultura “Tchô” ou “Tchozina” e memória de Fraiburgo, abordando também temas valiosos de toda a região, de Santa Catarina e do Brasil. Hoje, o projeto que nasceu bilingue alcança milhares de leitores em varias partes do mundo. Tudo isso só é possível com a ajuda de voluntários, apoiadores e leitores como você. Quer compartilhar algo com a gente? Fale conosco!

Acompanhe nas redes sociais: – Facebook or Instagram

The project was born in 2006 to preserve the Tchô culture and memory of Fraiburgo, also covering valuable topics from the entire region, Santa Catarina, and Brazil. Today, this bilingual project reachesthousands of readers across the globe. All of this is only possible thanks to volunteers, supporters, and readers like you.

Got something to share with us? Get in touch — and follow us on – Facebook or Instagram

Do Campo ao Futuro / From Field to Future

Texto em português:

A imagem acima revela a transformação de Fraiburgo – de uma paisagem rural e incerta no chamado “Campo da Dúvida” para uma cidade estruturada, cheia de identidade e cada vez mais voltada para o futuro. O território, antes formado por áreas como a fazenda Butiá Verde¹, recebeu diferentes ondas de ocupação a partir do século XX, com destaque para a família Frey, que ajudou a organizar os primeiros traços urbanos² — mesmo sem a ferrovia, que parou em Videira³.

Mas o desenvolvimento de Fraiburgo não foi obra de uma única família ou etnia. Foi (e continua sendo) construído por muitos povos: migrantes do Rio Grande do Sul, comunidades indígenas como os Kaingang e Xokleng⁴, agricultores sazonais do nordeste, famílias italianas, alemãs, polonesas, catarinenses do litoral e mais. A verdadeira riqueza fraiburguense está nesse mosaico humano que forma sua cultura e alimenta seu dinamismo.

Enquanto o Brasil buscava sua identidade no século XX entre industrialização, redemocratização e inclusão social, Fraiburgo erguia um modelo híbrido: agrícola, tecnológico, comunitário e com olhar para fora. Hoje, ela é reconhecida pela produção de maçã, pela força climática e por valores culturais únicos.

Mas e o futuro? Se o Brasil precisa de cidades médias como motores regionais, Fraiburgo pode ser referência. O desafio agora é ainda maior: tornar a cidade bilíngue, globalizada sem perder seu sotaque. Preparar as novas gerações para interagir com o mundo exige um projeto educacional e cultural que vá além do inglês técnico — que envolva orgulho, memória e visão de futuro. Porque quem valoriza suas raízes pode alcançar qualquer lugar.


Text in English:

The image above shows the transformation of Fraiburgo – from a rural and uncertain area once known as the “Field of Doubt” to a structured city filled with identity and purpose. The land, once dominated by areas such as Butiá Verde Farm¹, gradually welcomed settlers throughout the 20th century, with the Frey family playing a key role in early urban organization² — even though the railway reached only as far as Videira³.

But Fraiburgo’s growth wasn’t the work of one family or culture alone. It was, and still is, a collective achievement of diverse peoples: migrants from Rio Grande do Sul, indigenous Kaingang and Xokleng communities⁴, seasonal workers from Brazil’s northeast, Italian, German, Polish, and coastal Santa Catarina families, and many more. This human mosaic is the city’s true strength.

While Brazil shaped its national identity through industrialization, democratization, and the pursuit of social equity, Fraiburgo created a hybrid model: agricultural yet innovative, local yet outward-looking. Today, it’s known for apple production, a unique climate, and strong cultural values.

So what lies ahead? If Brazil needs mid-sized cities as regional engines, Fraiburgo may serve as a blueprint. The new challenge is even more ambitious: making Fraiburgo bilingual and globally aware, without losing its roots. Preparing future generations to engage with the world means going beyond technical English — embracing pride, memory, and vision. Because those who value where they come from can go anywhere.


Notas de rodapé (versão portuguesa):

¹ O nome Butiá Verde remete à presença do fruto nativo da região, usado como ponto de referência e nome de fazenda.
² Conforme apontado no estudo de Angelina Wittmann: “Fraiburgo SC – Butiá Verde e Campo da Dúvida”.
³ A linha férrea São Paulo–Rio Grande do Sul (EFSPRG) chegou apenas até Videira, e seu impacto regional foi sentido em Fraiburgo, mesmo sem conexão direta.
⁴ A ocupação original da área era feita por povos indígenas Kaingang e Xokleng, como mencionado pelo IBGE e reforçado por relatos locais.


_______________________________________________
Lá no Frai é assim… Fraiburgo, a Place to be discovered!

O projeto nasceu em 2006 para preservar a cultura “Tchô” ou “Tchozina” e memória de Fraiburgo, abordando também temas valiosos de toda a região, de Santa Catarina e do Brasil. Hoje, o projeto que nasceu bilingue alcança milhares de leitores em varias partes do mundo. Tudo isso só é possível com a ajuda de voluntários, apoiadores e leitores como você. Quer compartilhar algo com a gente? Fale conosco!

Acompanhe nas redes sociais: – Facebook or Instagram

The project was born in 2006 to preserve the Tchô culture and memory of Fraiburgo, also covering valuable topics from the entire region, Santa Catarina, and Brazil. Today, this bilingual project reachesthousands of readers across the globe. All of this is only possible thanks to volunteers, supporters, and readers like you.

Got something to share with us? Get in touch — and follow us on – Facebook or Instagram