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Fraiburgo e o Mundo – Episódio 1: Amsterdam

Começamos aqui uma nova série do blog: “Fraiburgo e o Mundo”. A ideia é simples e simbólica: levar a chaminé do Frai para passear e encontrar ícones de cidades e países pelo planeta.

No Episódio 1, Fraiburgo se encontra com Amsterdam. De um lado, a chaminé que representa nossa cidade e sua história; do outro, a arquitetura típica da Holanda, lembrando os canais e o jeito único de viver na Europa.

Muitos fraiburguenses vivem ou já viveram na Holanda e carregam boas memórias desses dois mundos. Um pedacinho do Frai no mundo, e um pedacinho do mundo no Frai.

Here we begin a new series on the blog: “Fraiburgo and the World”. The idea is simple yet symbolic: taking Fraiburgo’s chimney on a journey to meet iconic symbols of cities and countries around the planet.

In Episode 1, Fraiburgo meets Amsterdam. On one side, the chimney representing our city and its history; on the other, the typical Dutch architecture, recalling the canals and the unique lifestyle of Europe.

Many people from Fraiburgo live or have lived in the Netherlands and carry good memories from both worlds. A piece of Frai in the world, and a piece of the world in Frai.

Fraiburgo Amsterdam
Holanda, Amsterdam e a chaminezita do Frai!

Depoimento

 Lembro bem o dia que saí do Frai, de mala e cuia, rumo a São Paulo. Chegando aqui me senti “resabiada”, literalmente “negaciando” tudo, até porque era muito nova pra mim essa vida em uma cidade grande. Logo nas primeiras semanas já percebi a grande diferença com o Frai, eu não conhecia ninguém, a não ser minha família, nem vizinhos, se bem que isso não foi só no começo, até hoje conheço uns dois de vista. Era bom por um lado conhecer boa parte dos fraiburguenses, e é um pouco estranho não cumprimentar as pessoas na rua, e nem ter uma rua do “zig-zag”.

 O negocio é diferente por aqui, não posso nunca se esquecer de “chaviá a porta”, por que a “piazada” é ligeira, sempre tem alguém de “butuca”.Ah, tem o tal de congestionamento também, um monte de carro “entuiado”, que saudade da falta de trânsito por aí. Filas também, mas vontade não me falta de “atorar” essas filas, e chegar mais cedo em casa, para aproveitar e fazer o “rancho” com meu pai, como acontecia antes.

Esse ano começou minha faculdade, faço o curso de Direito, na PUC-Campinas, e lá fui eu novamente conhecer mais pessoas, e uma nova cultura, já que fica em outra cidade. Conheci amigos chatos, que gostam de me ouvir falar “leiTE, quenTE que da dor no denTE”, mas posso dizer que já estou “matando a pau”, o difícil foi aprender essas gírias usadas por aqui, mas com o tempo aprendi, porém “me negó” usar.

 Tem as baladas também, imaginem uma fraiburguense acostumada a sair, e conhecer todo mundo, chega à balada pra essas “banda” e ouve um “Oi, gatinha” rsrs, “Vai-te-loco”, mas a gente aprende a lidar, e aprende os melhores lugares para frequentar.

 “De vereda” tudo mudou, a saudade do Frai é grande, nem com tanta opção de lugares, a gente esquece-se de onde veio, mas sempre apareço, até por que a “Dona Varda” minha vó, mora lá. Falo sempre de boca cheia que sou de FRAIBURGO, a Terra da Maça, eu sei que ninguém conhece, mas é sempre bom lembrar que venho de uma cidade da simplicidade, da hospitalidade, da gentileza de muitos.

Faço das palavras de um Tchozinho lá do Frai, as minhas “Não permita Deus que eu morra, sem que eu antes vorte pra lá”

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Lá no Frai é assim… Fraiburgo, a Place to be discovered!

O projeto nasceu em 2006 para preservar a cultura “Tchô” ou “Tchozina” e memória de Fraiburgo, abordando também temas valiosos de toda a região, de Santa Catarina e do Brasil. Hoje, o projeto que nasceu bilingue alcança milhares de leitores em varias partes do mundo. Tudo isso só é possível com a ajuda de voluntários, apoiadores e leitores como você. Quer compartilhar algo com a gente? Fale conosco!

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