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Lá no Frai é na Frente (importante)

Olá galeritchos(as),

Nas últimas vezes que estive Lá no Frai, descobri um mito maldito que já está culturalmente instalado no subconsciente tchozino. Esse é um tema muito sério e por isso deve ser compartilhado com o maior número de pessoas.

Primeiro faça o teste e pergunte para um especialista no Frai ou na região.

Onde eu coloco os pneus novos no carro, na frente ou atrás?

É bem provável que vão falar um monte de blablablablabla e dizer que deve-se colocar na frente, o que é errado.  Fiz uma extensa pesquisa em manuais e há uma unanimidade sobre a instalação dos pneus novos na traseira. Ainda tem duvida? Segue o vídeo para deixar isso bem esclarecido.

Para finalizar, infelizmente a chance de morte nas estradas é tão grande por “N” fatores que tenho certeza alguns dos olhos que negaciam essas palavras postadas aqui vão acabar invariavelmente perdendo suas vidas na estrada de forma brutal. Mesmo assim, é dever dos vivos alertar sempre, sempre e sempre…

Saudações tchozinas, segurança e consciência para enfrentar esse cancer social que aflige tantas famílias.

Mortes tchozinas…

Em uma breve estatística, mais de 3 tchozinhos(as), em perfeita saúde e vontade de viver morrem nas estradas ou nos projetos de estradas do Brasil. A mensagem que vem lá da Nova Zelândia diz mais ou menos o seguinte em tradução livre

“Tchô vai degavar que outros tchôs podem cometer erros”

Linda e impactante mensagem escrita como se os motoristas estivessem dentro de um sonho…Esse post é dedicados aos tchozinho(as) enlutadas nos últimos meses…

 

Cachoeira Tombo do Tchô – Videira – SC – Lá no Frai expedition

Depois de uma longa pernada, vários tombos, trilha perigosa, chuva e quase a perda da câmera chegamos a essa pérola no meio oeste de Santa Catarina, a qual é praticamente desconhecida, ainda mais se comparada a atores da globo e jogadores de futebol. O objetivo desse post é, assim como a grande maioria das publicações do blog, valorizar as riquezas escondidas na região aqui denominada tchozina por pura licença poética em homenagem aos tchôs e tchoas da região. Como estas quedas não tem um nome específico resolvemos chamá-la de tombo do tchô como forma de alertar a todos os visitantes sobre essa fascinante e perigosa obra da natureza. Ao final apresentamos a localização da cachoeira com o máximo de detalhes possíveis. Click nas imagens para aumentar o tamanho da visualização.

Antes de descrever qualquer coisa, aqui vão as notas de atenção.

– A cachoeira é tão fascinante como perigosa pois é onde todo o rio do peixe mergulha. É necessário muito cuidado, mesmo com experiência de alguns anos de trilhas em várias partes do mundo, esse é um dos lugares mais perigosos que já visitei principalmente a parte de baixo da cachoeira.
– Não subestime a força da água, a irregularidade das pedras pode ser fatal
– Use tênis com garras e sempre tenha as duas mão livres para caminhar sobre as pedras algumas são grandes
– Como existem muitos tipos, formatos e cores de pedras não existe um padrão de como se deslocar entre elas a não ser ir com calma, analisando cada passo e sempre com o apoio das mãos.
– Não há sinal de celular, vá em grupo.
– Não jogue lixo nesse paraíso natural e se puder retire o que encontrar, isso não é para a sua segurança é para a segurança da vida do ecossistema.
– Verifique as condições do clima, procure ir de 3 a 4 dias desde a última chuva. O rio do peixe assim como todos os demais da região ficam muito escuros com a chuva. Quanto mais água maior o risco.

Abaixo está a primeira foto foi encontrada na internet, a qual despertou a pesquisa pelo local, foram realizadas aproximadamente 3 viagens à Videira sem encontrar alguém que soubesse desse ponto, provando que a desinformação regional é grande. Ser tchô e não desfrutar da região tchozina é o prejuízo humano incalculável, uma espécie de pecado. Me parece que quanto mais civilizados nos tornamos, menos gratuita a natureza se torna. Esse comportamento econômico nunca mudará, nunca…

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Por – Gerard Moss

Cachoeira tombo do tcho

Esta é uma vista da trilha inferior, decidimos não cruzar até o outro lado da margem porque as dimensões e quantidade de água podem enganar o tchô.

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Vista da força das águas e a impossibilidade de enquadrar todas as cachoeiras na mesma imagem, é muita informação aos olhos, para quem presencia esse local é muita informação para todos os sentidos.

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Quedê-le a ponte tchô? / The no bridge status.

Tchozinhos(as);

Hoje no domingo, o Rio Correntes continuou subindo, aliás descendo, só que num volume cada vez maior. Segundo moradores, a ponte deve aguentar a pressão “firme e forte”  como já o fez nas outras vezes! Há comentários de que o projeto dessa ponte poderá ser utilizado para substituir a ponte Hercílio Luz de Florianópolis que gasta, gasta, gasta, não cai e também não funciona.   

Aparentemente nem de bicicleta ou “de apé” sem chapéu está sendo possível fazer a travessia. Além disso os bombeiros recomendam:

  • Não tomar banho no rio nas próximas horas sem bóia de pneu de caminhão (talvez amanhã de boa, mas se acarmegim);
  • Não deixar qualquer indivíduo que se encontrem em estado alcólico “cuzido ou tchuco” livre pela região;
  • Usar luz baixa durante a travessia de carro;
  • Não fazer ultrapassagem forçada na ponte;
  • Respeitar o limite de velocidade da ponte 80 km/h; 
  • Comunicar as autoridades sobre qualquer evento extraordinário.

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A diplomacia tchozina – negociação em Fraiburguês

Neste episódio, ocorrido lá no Frai em algum tempo não muito distante, vemos com clareza a natureza sendo desafiada por um Tchô destemido e valente. Seu provável nome “Alcides” mas que atende por “Arcide”.

Seu objetivo

Atravessar o rio mansinho a todo custo pois a honra é a mãe de todas as conquistas…

Seu lema:

Eu vô passa alí nem que eu caia lá pra baixo“.

Contexto

Chuva forte no Frai com transbordamento do rio mansinho. O perigo era grande e a imprevisibilidade também. Poucos são os Fraiburguenses que já viram o “rio mansinho” tão agressivo como neste dia. 

Resultado

Graças as habilidades diplomáticas e agilidade linguísticas do autor do vídeo, uma vida Fraibuguense foi economizada e a lei de Darwin contrariada. Parabéns ao Marcos pelo sucesso na negociação e obrigado por compartilhar esse retrato visual típico do ser Fraiburguense e do sotaque Fraiburguês (pegou até os tradicionais “Curicacas”). Não temos dúvida de que se outro dialeto fosse usado, o desfecho da história seria outro. Talvez o Arcide não se acadelaria e teria que ser resgatado pelos bombeiros lá pra baixo. Vai saber…

Segue o vídeo e a tomada de decisão gerencial tomada no minuto 3.15 hehehe.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=HuVR2W7krg0]

Mas de que jeitOO? – entonação na letra “O” e o “J” bem pronunciado. Boca em formato de sorriso tímido.

Tá bem loco para passá! = Estar com uma vontade acima da média de passar o rio! 

Daonde = De onde

O mais perigoso é a correnteza que tem ali – Nós também achamos seja isso.

Home – A palavra no final de várias sentenças para a conversa viva.

Mas dadepassá = É possível fazer a travessia.

Mas eu me tacava já na água ai home = Eu já estava em vias de entrar na água só não fui porque você me interrompeu “eu sou muito valente e você sabe bem disso e quero que as coisas fiquem bem claras entre a gente”

“Bamo conóis” = Vem com a gente.

“Vo botá na InternetÊ”   = Internet – Mesmo padrão de “CamionetÊ, kitinetTÊ, patinetÊ e etc”

“Capaes? “ = Sério?