Português: Fotografia aérea histórica mostrando uma área industrial com a chaminé (hoje símbolo da cidade) liberando fumaça escura, evidência clara do uso de energia baseada em queima de madeira — prática comum nas décadas de 1950 e 1960. Acreditamos que está foto seja de antes da emancipação de Fraiburgo como município, ocorrido em dezembro de 1963.
Ao redor da indústria (serraria), observam-se construções simples, galpões e uma estrada de terra, sinalizando uma comunidade em fase de formação e expansão. Essa imagem revela não apenas a paisagem de um tempo passado, mas também a intensidade do trabalho e da transformação econômica de uma cidade em desenvolvimento. Fraiburgo mudou muito, mas a chaminé continua lá.
English: Historical aerial photograph depicting an industrial area with chimneys releasing dark smoke — a clear sign of wood or coal combustion, which was common in the 1950s and 1960s. Surrounding the factory are simple buildings, sheds, and a dirt road, suggesting a growing and developing community. This image not only captures the landscape of a bygone era but also reflects the intensity of labor and economic transformation of an emerging city. The chaminy continues there! Fraiburgo a piece of Brazil to be discouvered!
_______________________________________________ Lá no Frai é assim… Fraiburgo, a Place to be discovered!
O projeto nasceu em 2006 para preservar a cultura “Tchô” ou “Tchozina” e memória de Fraiburgo, abordando também temas valiosos de toda a região, de Santa Catarina e do Brasil. Hoje, o projeto que nasceu bilingue alcança milhares de leitores em varias partes do mundo. Tudo isso só é possível com a ajuda de voluntários, apoiadores e leitores como você. Quer compartilhar algo com a gente? Fale conosco!
The project was born in 2006 to preserve the Tchô culture and memory of Fraiburgo, also covering valuable topics from the entire region, Santa Catarina, and Brazil. Today, this bilingual project reachesthousands of readers across the globe. All of this is only possible thanks to volunteers, supporters, and readers like you.
Got something to share with us? Get in touch — and follow us on – Facebook or Instagram
Pelas ruas calmas de Fraiburgo, num dia desses em que o céu parece pintado à mão, a gente se depara com essa paisagem cheia de significado: a Igreja Luterana (IECLB) com sua arquitetura triangular marcante, rodeada de um muro avermelhado e uma cerca viva que explode em flores brancas. Parece até que a natureza resolveu colaborar com o design!
O contraste do telhado cor de telha com o azulão do céu e as palmeiras ao fundo dá aquele toque tropical–europeu que só Fraiburgo consegue ter. E claro, tudo isso protegido por um muro discreto que guarda mais do que flores: guarda histórias, celebrações e gerações inteiras que passaram por ali.A imagem captura a essência da cidade: fé, natureza, cultura e esse jeitinho Teuto-tchozino de viver e construir comunidade.
OBS.
(Teuto – Termo que relaciona a origem Alemã tal qual Italo para italianos e assim por diante.
Walking through the quiet streets of Fraiburgo, on one of those days when the sky looks like it was painted by hand, we come across this scene full of meaning: the Lutheran Church (IECLB) with its striking triangular architecture, framed by a reddish wall and a hedge bursting with white flowers. It’s as if nature itself decided to join in the design!
The contrast between the terracotta roof and the deep blue sky, with palm trees in the background, gives it that unique tropical–European touch that only Fraiburgo offers. And of course, behind that simple wall lies more than flowers – it holds stories, celebrations, and generations of people who gathered there.This image captures the essence of the town: faith, nature, culture, and that cozy Germanic tchozino way of living and building community.
For those far away, it’s a window back home. For those who’ve never been, it’s an invitation.
_______________________________________________ Lá no Frai é assim… Fraiburgo, a Place to be discovered!
O projeto nasceu em 2006 para preservar a cultura “Tchô” ou “Tchozina” e memória de Fraiburgo, abordando também temas valiosos de toda a região, de Santa Catarina e do Brasil. Hoje, o projeto que nasceu bilingue alcança milhares de leitores em varias partes do mundo. Tudo isso só é possível com a ajuda de voluntários, apoiadores e leitores como você. Quer compartilhar algo com a gente? Fale conosco!
The project was born in 2006 to preserve the Tchô culture and memory of Fraiburgo, also covering valuable topics from the entire region, Santa Catarina, and Brazil. Today, this bilingual project reachesthousands of readers across the globe. All of this is only possible thanks to volunteers, supporters, and readers like you.
Got something to share with us? Get in touch — and follow us on – Facebook or Instagram
A imagem acima revela a transformação de Fraiburgo – de uma paisagem rural e incerta no chamado “Campo da Dúvida” para uma cidade estruturada, cheia de identidade e cada vez mais voltada para o futuro. O território, antes formado por áreas como a fazenda Butiá Verde¹, recebeu diferentes ondas de ocupação a partir do século XX, com destaque para a família Frey, que ajudou a organizar os primeiros traços urbanos² — mesmo sem a ferrovia, que parou em Videira³.
Mas o desenvolvimento de Fraiburgo não foi obra de uma única família ou etnia. Foi (e continua sendo) construído por muitos povos: migrantes do Rio Grande do Sul, comunidades indígenas como os Kaingang e Xokleng⁴, agricultores sazonais do nordeste, famílias italianas, alemãs, polonesas, catarinenses do litoral e mais. A verdadeira riqueza fraiburguense está nesse mosaico humano que forma sua cultura e alimenta seu dinamismo.
Enquanto o Brasil buscava sua identidade no século XX entre industrialização, redemocratização e inclusão social, Fraiburgo erguia um modelo híbrido: agrícola, tecnológico, comunitário e com olhar para fora. Hoje, ela é reconhecida pela produção de maçã, pela força climática e por valores culturais únicos.
Mas e o futuro? Se o Brasil precisa de cidades médias como motores regionais, Fraiburgo pode ser referência. O desafio agora é ainda maior: tornar a cidade bilíngue, globalizada sem perder seu sotaque. Preparar as novas gerações para interagir com o mundo exige um projeto educacional e cultural que vá além do inglês técnico — que envolva orgulho, memória e visão de futuro. Porque quem valoriza suas raízes pode alcançar qualquer lugar.
Text in English:
The image above shows the transformation of Fraiburgo – from a rural and uncertain area once known as the “Field of Doubt” to a structured city filled with identity and purpose. The land, once dominated by areas such as Butiá Verde Farm¹, gradually welcomed settlers throughout the 20th century, with the Frey family playing a key role in early urban organization² — even though the railway reached only as far as Videira³.
But Fraiburgo’s growth wasn’t the work of one family or culture alone. It was, and still is, a collective achievement of diverse peoples: migrants from Rio Grande do Sul, indigenous Kaingang and Xokleng communities⁴, seasonal workers from Brazil’s northeast, Italian, German, Polish, and coastal Santa Catarina families, and many more. This human mosaic is the city’s true strength.
While Brazil shaped its national identity through industrialization, democratization, and the pursuit of social equity, Fraiburgo created a hybrid model: agricultural yet innovative, local yet outward-looking. Today, it’s known for apple production, a unique climate, and strong cultural values.
So what lies ahead? If Brazil needs mid-sized cities as regional engines, Fraiburgo may serve as a blueprint. The new challenge is even more ambitious: making Fraiburgo bilingual and globally aware, without losing its roots. Preparing future generations to engage with the world means going beyond technical English — embracing pride, memory, and vision. Because those who value where they come from can go anywhere.
Notas de rodapé (versão portuguesa):
¹ O nome Butiá Verde remete à presença do fruto nativo da região, usado como ponto de referência e nome de fazenda. ² Conforme apontado no estudo de Angelina Wittmann: “Fraiburgo SC – Butiá Verde e Campo da Dúvida”. ³ A linha férrea São Paulo–Rio Grande do Sul (EFSPRG) chegou apenas até Videira, e seu impacto regional foi sentido em Fraiburgo, mesmo sem conexão direta. ⁴ A ocupação original da área era feita por povos indígenas Kaingang e Xokleng, como mencionado pelo IBGE e reforçado por relatos locais.
_______________________________________________ Lá no Frai é assim… Fraiburgo, a Place to be discovered!
O projeto nasceu em 2006 para preservar a cultura “Tchô” ou “Tchozina” e memória de Fraiburgo, abordando também temas valiosos de toda a região, de Santa Catarina e do Brasil. Hoje, o projeto que nasceu bilingue alcança milhares de leitores em varias partes do mundo. Tudo isso só é possível com a ajuda de voluntários, apoiadores e leitores como você. Quer compartilhar algo com a gente? Fale conosco!
The project was born in 2006 to preserve the Tchô culture and memory of Fraiburgo, also covering valuable topics from the entire region, Santa Catarina, and Brazil. Today, this bilingual project reachesthousands of readers across the globe. All of this is only possible thanks to volunteers, supporters, and readers like you.
Got something to share with us? Get in touch — and follow us on – Facebook or Instagram