Arquivo mensais:julho 2013

Oração do “Senhor da Neve”

Texto capturado nos ecos do Facebook. Créditos ao professor e artista Renato Goetten.

Oração do “Senhor da Neve”

Obrigado “Senhor da neve” por ter nos mostrado que mesmo no inverno, pode haver poesia, pode haver beleza, pode haver magia…

Obrigado “Senhor da neve”, por ter feito de nós adultos – crianças novamente; e das crianças – crianças verdadeiramente…

Obrigado “Senhor da neve”, por ter realizado o sonho dos meus filhos, dos filhos de todos os pais, e dos pais de todos os filhos…

Perdão “Senhor da neve”. Perdão por não sermos capazes de podermos fazer com que todos os seres pudessem apreciar a sua alva doçura. Pois, para alguns ainda falta o básico, o necessário, o minimamente indispensável para que pudessem olhar o céu e enxergar a neve, e não apenas o frio – espelho do gelado coração humano.

Senhor da neve 

Nevou naquela noite (autor anônimo)

Texto enviado ao blog esta semana. O autor pediu para não ser identificado. Agradecemos pela linda contribuição com comunidade. 

 

José vivia naquela casa há quinze anos. Parara ali por acaso. Nada de surpreendente, apenas comodismo. A vida era tranquila. Não tinha do que se queixar. Trabalhava há cinco anos na mesma fábrica. Há três anos operava a mesma máquina. Morava próximo ao seu trabalho, de modo que não havia possibilidade de mudar seu trajeto. Se pudesse, será que o faria?

Era casado, pai de Ana e de João. Vida mais corriqueira não havia. Certamente amava sua família. Afinal, fazia um esforço danado para colocar um pouco de conforto em sua casa. Também, procurava rezar todas as noites com seus filhos em frente à imagem da Virgem. Era um momento só deles.

Vinha de uma família de agricultores paranaenses. Lá a vida era sofrida. Por isso, a sua maior ambição era criar seus filhos da melhor forma possível. Queria que eles tivessem estudo para trabalhar no escritório da empresa. Lá não sentiriam o frio das privações.

Seus filhos estudavam e sonhavam. A menina tinha sonhos de riquezas. Enquanto o menino tinha sonhos de doçuras. Ela queria roupas de grife, companhias elegantes, frequentar lugares requintados. Ele queria um mundo. Qual? Ainda não sabia. Ele procurava, mas não encontrava. Por certo não era ali.

A vida transcorria de forma exata. O salário era o mesmo. Os dias eram iguais. As quatro estações eram definidas. Era época de inverno.

Certa noite fazia muito frio. Completo silêncio. Tudo parou quando a neve começou a cair. Não era um evento corriqueiro. Era surreal. João sentiu a presença de Deus. Estava em êxtase. Nunca vira tanta beleza. Naqueles minutos João lembrou de tudo o que vivera até ali. Pai e filho se olharam. Nenhuma palavra foi dita. Mas José entendeu que algo extraordinário passava com seu filho. Alguns anos atrás algo parecido aconteceu entre José e seu pai.

João voltou a olhar a neve. De repente disse:

– Pai, quero ser jornalista. Olha isso… É muito lindo! Alguém tem que escrever sobre esse dia para que ele seja registrado na História.

– Filho, vá! É seu sonho? Vá! Estude! Onde quer que você esteja eu sempre estarei com você, viu?! Sempre!

Sucedeu um aconchegante abraço.

Conversa de Tchô para Tchozinho no pós-neve em Fraiburgo!

Tchô Quenorris falando:

– Então tchozinho, bão? curtiu a neve? 

Tchozinho prontamente retruca!

– De certeza né! Onte fiz um boneco de neve graúdo de chapel e tudo e gritei pros piá “Gelem pra mim” foi muito massa! 

Tchô Quenorris com rosto sério escuita óia sério, passa a mão na barba, ajeita o chapel e diz seriamente: 

– Que bom tchozinho! Mas tenho que conversa um causo sério com você, bem de perto.

Tchozinho zóio arregalado diz: 

– Ihhh tchô, como assim? Que que eu fiz agora? Não dá de fazer mais boneco de chapel? 

– Eu vi as foto de voceis no facebook e tudo, mas queria sabê de onde que vem esse rancor de “São Joaquim” já que você nunca foi pra lá, nem conhece ninguém de lá! Comé que pode isso? Você só tem 8 ano piá, se enxergue! 

– Ah sei-la pai, os piá tavam dizendo eu fui lá e escrevinhei…nem carculegei isso…Sério!!!

– Tchozinho, se ligue! rancor só faz mal, ainda mas quando você nem tem nada haver com isso, da próxima vez escreve assim…”Frai eu te amo” ou “Frai eu te amo mesmo com frio”! Ai eu vô ficá bem mais orgulhoso de você e não vô te passa a cinta como agora! 

– aaahhhhhh paieeê, te amo, desculpa eu. Tá muito frio pra apanhá agora! Já vô apaga do face a foto lá sobre São Joaquim”

Fim

Uma vez um cidadão de grande conhecimento (Gustavo Biscaro) comentou que em Fraiburgo só neva onde o IPTU está em dia! Parece que hoje, finalmente, uma grande parte da população pagou o boleto! Parabéns tchozinhos! Temos muito orgulho de vocês!