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Projeto Moinho do Lago

Caros tchozinhos(as).

Segue um resumo do que temos coletado com relação a um projeto de sustentabilidade para o FRAI, o Moinho do Lago.  A ideia inovadora surgiu há muito tempo nas discussões do grupo de jovens empreendedores da ACIAF numa época em que fizemos um levantamento de coisas que poderiam contribuir com o desenvolvimento do Frai.

Então vamos a concepção do projeto que hoje está em rascunho amplamente aberto a discussão de sua viabilidade.

Para mais informações ou interesse em participar – entre me contato com: joni.hs@gmail.com

Resumo:

Aproveitar o desnível e a vazão do Lago das Araucárias para a produção de energia elétrica por meio de uma roda d’agua, criando assim uma atração turístico/científica autossustentável que iluminará o lago e um ponto de internet gratuita aos visitantes. Se propõe a democratizar o conhecimento da necessidade de descentralizar a produção de energia limpa no Brasil.

Contexto:

Fraiburgo tem um passivo ambiental histórico, por isso é necessário desenvolver projetos ambientais de impacto e com efeito de longo prazo aproveitando também seu potêncial turístico com vínculos perenes na saúde e educação da população.

Há tendência de um contínuo crescimento do valor da Luz elétrica no Brasil. Como exemplo, o mercado de energia solar no Brasil passa por uma crescente. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, de maio de 2017 até maio de 2018, o número de unidades consumidoras de energia solar quase triplicou, de 10,4mil para 29mil. Segundo a ANEEL, em 4 anos, esse número vai chegar em 886mil unidades. Em outras palavras, existe a possibilidade de Fraiburgo se posicionar sobre esse cenário e se tornar referência de sustentabilidade na região e até a nível nacional. Abaixo está a figura do cenário Brasileiro de 2016 versus 2040, com o aparecimento de 27% de energia sendo gerada por produtores de pequena escala de forma distribuída.

Local do vertedouro

Pesquisa de viabilidade

Os seguintes vídeos são modelos possíveis:

Vídeo 1 – Roda pequena.

Neste vídeo temos uma ideia ainda bruta do que poderia ser feito, no vídeo não há informação sobre a potência desta roda. Acreditamos que a vazão do lago das Araucárias é maior que este.

Vídeo 2 – Roda de 1500 Watts

Neste segundo vídeo fazem uma canalização de um lago com uma proporção mais parecida com a do Frai. E a potência é de aproximadamente 1500 Watts. O problema é que não utiliza a forma mais otimizada que é jogando a água por cima.

É importante destacar que ambas as soluções tem um foco exclusivamente funcional, ou seja, não levam em consideração a harmonia estética da solução. No caso do Frai, teria que ser algo muito bem desenhado para que ficasse bonito (super atrativo) para os visitantes em harmonia com o estilo arquitetônico da redondeza. Algo como um moinho mesmo.

Vídeo 3 – Potência e estilo

Talvez o mais bonito e otimizado de todos os modelos que achamos seja esse do vídeo 3 que consegue gerar 12mill watts. Acreditamos que o Lago tenha essa capacidade e também o modelo mais atrativo para um ponto turístico.

Vídeo 4 – Sistema mais eficiente

Já entramos em contato mas ainda não tivemos um retorno para estimar os custos. Abaixo está o potência estimado dessa usina no site www.turbulent.be

Projeto TAMAR – Foto-voltaica

Abaixo está o monitor do gerador instalado no projeto TAMAR em Florianópolis contando com apenas algumas placas solares. Acreditamos que há muito espaço para esse tipo de energia ao redor do lago, porém seria um projeto separado ao do moinho. Este monitor com a contabilidade energética é muito relevante para os visitantes e estudantes de um modo geral. 

Fase 1 – Iluminação auto-sustentável do lago

Acreditamos que a prefeitura tenha esse dados com bastante precisão, no entanto estimamos que o comprimento do lago é de 1750 metros com uma lâmpada a cada 15 metros ao longo do circuito completo do lago. Total de lâmpadas necessárias é de 116 sendo cada uma de  150Watts. Gerando um consumo 17500 Watts porém somente a noite.

Com esses dados a potência estimada será aproximadamente 5.5 Kw será suficiente para ascender 90 lâmpadas de 60W ou 1211 lâmpadas de LED de 4,5W. O investimento em termos de equipamento para esse projeto seria de 15 mil reais. Mas é necessário

Fase 2 – Instalação do moinho

Há diversas formas para a construção do moinho, inicialmente seria necessário a visita técnica de agentes especializados nesse tipo de tecnologia para a correta mensuração do investimento necessário, aqui sugerimos duas formas:

Recorte do lago:

Neste modo seria necessário um investimento maior para fazer um recorte no lado interno do lago para que fosse construído um paredão de contenção de água abaixo do nível do lago. Neste local as pessoas poderiam descer as escadas para ver os processos da roda d´água e até caminhar pelo túnel que existe embaixo da rua até onde o riacho segue (Quando era piá entrei ali várias vezes, era legal! ). Toda esta parte do riacho necessita ser revitalizada esse é um problema secundário. Nesta construção poderiam ser feitos combinações de rodas d´água e formas de conter o transbordo para as diferentes vazões que ocorrem durante o ano.

Por dutos Laterais:

Fazer como no vídeo 2 onde são feitos dutos de captação que passam por baixo da rua até desembocar novamente no riacho. O ponto positivo dessa abordagem é um investimento menor de instalação e a unificação da geração ao lado da casa que foi recém instalada. Além disso, no mesmo curso é possível serem instaladas uma 1 mais rodas no mesmo canal para aproveitar a água, dobrando assim a potência.

Informações que faltam

Ainda faltam muitas respostas para conseguirmos definir os custos do projeto, mas inicialmente temos as questões abaixo como pivotais.

– Qual é o número de lâmpadas e a potência de cada uma no Lago?

– Qual o custo mensal de iluminação do Lago pago pela prefeitura?

– Qual a vazão média do Lago?

– Qual a altura exata do desnível do lago até o riacho?

– Quanto custa para fazer a troca das lâmpadas atuais para lâmpadas de LED?

Fontes de recursos.

– Empresas como a CELESC precisam investir 2% de sua renda em inovação e sobram recursos, mas é necessário que alguém entenda da burocracia para tal.

– Impostos das empresas de Fraiburgo que podem redirecionados para projetos de cultura e sustentabilidade.

– Prefeitura municipal.

– Empresas interessadas no projeto.

Resultados

– Durante o dia a energia pode ser direcionada para outros pontos da cidade, ou armazenada em baterias. É necessário pessoal especializado para instalação desse tipo de equipamento que hoje é muito comum nas instalações solares.

– Sustentabilidade energética do Lago das Araucárias.

– Criação de mais um ponto turístico.

– Criação de uma área de estudos para o turismo científico que instigará os estudantes a entender o funcionamento do sistema e a diversas possibilidades de melhoria da qualidade de vida por meio de novas atitudes.

– Marketing municipal – em linha com as tendências internacionais chamadas de cidades inteligentes (SMART CITIES)

– Acesso a internet wireless gratuito sustentado pela própria roda d’agua.

– Diminuição do passivo ambiental que Fraiburgo tem com a produção do papel e a destruição das matas nativas para a produção de maçã.

– Bancos e até o um teatro grego (arquibancada redonda) de pedra de pequeno porte para os visitantes descansarem olhando a roda em funcionamento. Aulas de sustentabilidade podem ser proferidas nesse local a céu aberto.

– Mapas das cachoeiras e recursos hídricos da região e pontos turísticos espalhados pela região do meio oeste ainda bastante desconhecidos.

– Possibilidade da instalação de uma ou duas turbinas eólicas modelo apenas para a demonstração de outras fontes renováveis de energia e expansão do conhecimento científico, transformando o ponto em um parque de energias renováveis.

Conclusões preliminares.

A ideia se torna cada vez mais viável com os avanços de tecnologias como a das lâmpadas de LED que são capazes de iluminar mais com um consumo energético menor em relação às jaguarentas lâmpadas incandescentes. No entanto, há muito trabalho por fazer. Para que esse projeto realmente tome vida e sobreviva ao longo dos anos é importante que ele aconteça a partir do dos esforços de várias pessoas e entidades do Frai. A sustentabilidade do projeto ao longo das futuras gerações é o maior desafio, porque projetos inovadores comumente sofrem bullying por gerarem grades expectativas. Este projeto não visa resolver o problema de sustentabilidade da cidade, mas sim ser uma fagulha que desencadeará novas iniciativas e modelos mentais voltados a inovação e sustentabilidade ambiental posicionando assim Fraiburgo como uma cidade inovadora, mais humanizada e com um menor passivo ambiental em sua história.

Recomendações.

– Procure debater o tema.

– Replique este artigo para que mais pessoas saibam desse projeto.

– Apresente a ideia a estudantes das universidades da região que estão procurando por temas para o projeto final de TCC. Áreas de interesse seriam administração, marketing e engenharias.

– Apresentar novas ideias para adicionarmos aqui no artigo.

Agradecimentos aos voluntários que já contribuíram

– Bruno Benetti
– Fábio Facchin
– Joni Hoppen
– Rafael Hoppen
– Juliano Burda
– Amadeu Mazzola
– Julio Modena
– Débora Peliser

Cachoeira Tombo do Tchô – Videira – SC – Lá no Frai expedition

Depois de uma longa pernada, vários tombos, trilha perigosa, chuva e quase a perda da câmera chegamos a essa pérola no meio oeste de Santa Catarina, a qual é praticamente desconhecida, ainda mais se comparada a atores da globo e jogadores de futebol. O objetivo desse post é, assim como a grande maioria das publicações do blog, valorizar as riquezas escondidas na região aqui denominada tchozina por pura licença poética em homenagem aos tchôs e tchoas da região. Como estas quedas não tem um nome específico resolvemos chamá-la de tombo do tchô como forma de alertar a todos os visitantes sobre essa fascinante e perigosa obra da natureza. Ao final apresentamos a localização da cachoeira com o máximo de detalhes possíveis. Click nas imagens para aumentar o tamanho da visualização.

Antes de descrever qualquer coisa, aqui vão as notas de atenção.

– A cachoeira é tão fascinante como perigosa pois é onde todo o rio do peixe mergulha. É necessário muito cuidado, mesmo com experiência de alguns anos de trilhas em várias partes do mundo, esse é um dos lugares mais perigosos que já visitei principalmente a parte de baixo da cachoeira.
– Não subestime a força da água, a irregularidade das pedras pode ser fatal
– Use tênis com garras e sempre tenha as duas mão livres para caminhar sobre as pedras algumas são grandes
– Como existem muitos tipos, formatos e cores de pedras não existe um padrão de como se deslocar entre elas a não ser ir com calma, analisando cada passo e sempre com o apoio das mãos.
– Não há sinal de celular, vá em grupo.
– Não jogue lixo nesse paraíso natural e se puder retire o que encontrar, isso não é para a sua segurança é para a segurança da vida do ecossistema.
– Verifique as condições do clima, procure ir de 3 a 4 dias desde a última chuva. O rio do peixe assim como todos os demais da região ficam muito escuros com a chuva. Quanto mais água maior o risco.

Abaixo está a primeira foto foi encontrada na internet, a qual despertou a pesquisa pelo local, foram realizadas aproximadamente 3 viagens à Videira sem encontrar alguém que soubesse desse ponto, provando que a desinformação regional é grande. Ser tchô e não desfrutar da região tchozina é o prejuízo humano incalculável, uma espécie de pecado. Me parece que quanto mais civilizados nos tornamos, menos gratuita a natureza se torna. Esse comportamento econômico nunca mudará, nunca…

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Por – Gerard Moss

Cachoeira tombo do tcho

Esta é uma vista da trilha inferior, decidimos não cruzar até o outro lado da margem porque as dimensões e quantidade de água podem enganar o tchô.

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Vista da força das águas e a impossibilidade de enquadrar todas as cachoeiras na mesma imagem, é muita informação aos olhos, para quem presencia esse local é muita informação para todos os sentidos.

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